Menopositividade: Uma Nova Visão Sobre a Menopausa
Por muito tempo, a menopausa foi tratada como um “declínio”, um fim de ciclo associado à perda: da fertilidade, da juventude, da atratividade. Esse olhar negativo, construído cultural e historicamente, gerou silêncios, tabus e, em muitos casos, sofrimento psicológico para milhões de mulheres. Mas esse cenário começou a mudar com o surgimento de um novo conceito: menopositividade.
CÉREBRO X MENOPAUSA


🌿 O que é menopositividade?
Menopositividade é um termo que propõe reformular o discurso sobre a menopausa, substituindo o medo, o estigma e a vergonha por informação, autonomia, aceitação e autoestima. Não se trata de romantizar os sintomas, mas de tirar a menopausa do lugar de fracasso e colocá-la como uma transição natural, poderosa e digna de respeito.
🔍 O tabu vem de longe: a anulação do corpo feminino
O silêncio em torno da menopausa tem raízes profundas na maneira como o corpo feminino foi tratado ao longo da história. Por séculos, mulheres foram ensinadas a desconfiar do próprio corpo — ora visto como impuro, ora como objeto de reprodução ou desejo masculino. A menopausa, por marcar o fim da fertilidade, passou a ser associada a uma suposta “inutilidade”, apagando a mulher socialmente justo quando ela alcança maturidade, liberdade e sabedoria. Esse processo de anulação simbólica e cultural reforçou o tabu, fazendo com que muitas mulheres se calassem por vergonha ou medo de parecerem “velhas” ou “descontroladas”. A menopositividade confronta esse histórico de invisibilidade e resgata o direito de viver essa fase com dignidade, clareza e protagonismo.
🧩 Qual é a função social desse conceito?
A menopositividade quebra o silêncio. Ela combate a ideia de que a mulher na menopausa deve “aguentar calada”, escondendo o que sente para não parecer fraca ou “difícil”. Ao nomear a experiência com outra lente, a menopositividade:
Dá linguagem para as mulheres falarem do que sentem sem culpa.
Promove educação e diálogo em casa, no trabalho e nos consultórios.
Reduz o isolamento emocional.
Normaliza a busca por ajuda e autocuidado.
🩺 Como os médicos estão aplicando esse conceito?
Cada vez mais profissionais da saúde, especialmente ginecologistas e endocrinologistas com formação atualizada, estão usando a menopositividade como ferramenta de acolhimento e escuta ativa. Ao adotarem essa abordagem:
Incentivam a mulher a conhecer seu corpo e participar ativamente das decisões sobre seu tratamento.
Substituem julgamentos por empatia e personalização.
Reconhecem os impactos mentais da perimenopausa e propõem abordagens integradas: hormonais, emocionais, alimentares e comportamentais.
Essa mudança de atitude no consultório tem efeitos profundos na adesão ao tratamento e na qualidade de vida das pacientes.
💬 E na saúde mental, o que muda?
A menopositividade ajuda a reduzir a vergonha, o medo e a sensação de inadequação. Quando a mulher entende que não está “perdendo o controle” — mas vivendo uma fase legítima, comum e tratável —, há uma queda nos níveis de ansiedade, autocrítica e isolamento.
Ela passa a se ver como alguém que está se transformando, não “falhando”.
🌺 Menopausa com respeito, não com silêncio
A menopositividade não é um rótulo — é uma nova lente. Um convite à mulher para olhar para si com mais compaixão e menos julgamento. E à sociedade para dar a essa fase o espaço, a informação e a dignidade que ela merece.
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